Falta de energia, sonolência, alterações de humor, de peso ou aquela falha de memória repentina podem ser sinais de que algo não anda bem com a tireoide. Essa glândula, que tem forma de borboleta e fica localizada mais ou menos no meio do pescoço, quando em desequilíbrio, pode trazer complicações sérias à saúde
isso porque, a tireoide produz os hormônios T3 (tri-iodotironina) e T4 (tiroxina), que regulam uma série de atividades importantes do nosso organismo. Esses hormônios têm funções essenciais no crescimento e desenvolvimento do nosso corpo, atuam na reprodução de células, na queima de calorias e termogênese, na regulação da temperatura do corpo e até no sistema reprodutivo feminino.
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem), cerca de 15% dos brasileiros sofrem com algum problema na tireoide. As causas são ligadas a disfunções da própria glândula, ao mau funcionamento da hipófise ou, ainda, a motivações autoimunes. No que diz respeito às mulheres, o cuidado precisa ser redobrado. Isso porque elas são mais suscetíveis a alterações na glândula, especialmente após os 60 anos.
Sintomas e diagnóstico adequado
Os problemas mais comuns relacionados a tireoide são o hipo e hipertireoidismo. No hipotireoidismo, há funcionamento deficitário e a glândula produz uma quantidade baixa de hormônios. Nesse caso, o metabolismo fica lento, a pessoa sente cansaço, desânimo e falta de energia. Além disso, pode haver alterações no colesterol e na pressão arterial.
Já no hipertireoidismo há excesso na produção de hormônio. Ou seja, a tireoide lança na circulação muito hormônio de uma vez só e então o paciente fica com o metabolismo mais acelerado. Podem ocorrer ainda o aparecimento de nódulos e inchaço no pescoço.
Quando não tratadas adequadamente, desregulações na tireoide aumentam as chances de problemas cardiovasculares, podem influenciar o cérebro, o ciclo menstrual das mulheres e outros órgãos como o fígado, rins e até a pele. Ainda, alguns tratamentos, como para arritmias cardíacas, por exemplo, podem interferir na glândula caso a pessoa já seja propensa a problemas de tireoide ou mesmo tenha alguma disfunção não detectada.
O fato de os sintomas serem facilmente confundidos, posto que podem estar relacionados a outros problemas do corpo e da mente, faz com que o desequilíbrio da tireoide evolua em silêncio, colocando em risco a saúde do indivíduo. Nesse sentido, consultas ao médico e exames laboratoriais regulares são os melhores aliados. Além da anamnese e do exame clínico, que avalia o tamanho da tireoide, há exames de sangue e imagem que auxiliam o médico na detecção e controle de possíveis desalinhos na glândula.
Tratamento
No caso do hipotireoidismo, o tratamento é feito com
reposição de hormônio. Já quando o problema é o excesso,
no hipertireoidismo, há três possibilidades: medicamentos que
impedem o fabrico excessivo de hormônio, iodo radiativo e
cirurgia, dependendo do caso.
Consulte o seu médico e faça exames periódicos para
acompanhamento.