Rentabilidade dos Planos BD x CD/CV
Entenda melhor a diferença entre modalidades
Alguns participantes têm dúvidas sobre a diferença entre as rentabilidades dos Planos da modalidade BD - Benefício Definido e os da modalidade CV - Contribuição Variável ou CD - Contribuição Definida. De fato, a rentabilidade do segmento BD, ao longo dos últimos anos, tem sido superior à obtida em CD e CV
O que ocorre é que a grande maioria dos Participantes dos Planos na modalidade BD está aposentada ou aguardando o tempo para ter direito à aposentadoria, já que esses planos não estão mais abertos a novas adesões. Assim, pelas características de compromissos de longo prazo devido aos benefícios vitalícios, bem como pela pouca ocorrência de resgates de saldos de conta, os recursos dos Planos BD podem ser aplicados a médio/longo prazo, uma vez que não serão exigidos de imediato. E, como sabemos, uma aplicação a longo prazo tipicamente rende mais, pois não será resgatada no futuro próximo.
Ciente disso, o órgão federal que regula a atuação da Fundação Atlântico – a Previc, Superintendência Nacional de Previdência Complementar – somente permite que contabilizemos aplicações em NTNs-B (Notas do Tesouro Nacional - série B) “a vencimento” no segmento BD, de forma a que não sejam impactadas pelas variações de preço das NTNs-B do dia a dia. Essas variações podem prejudicar sua rentabilidade antes do vencimento e é o que ocorreria se adquiríssemos esses títulos nos segmentos CD e CV.
Portanto, somente os participantes do segmento BD podem usufruir da proteção contra a inflação que as NTNs-B proporcionam, sem incorrer no risco de variações. Como vimos, a aplicação nesta modalidade de contabilização não é permitida pelas autoridades reguladoras nos segmentos CD e CV.
Nós na Fundação buscamos alternativas, por meio de uma gestão ativa, porém prudente, visando proteger os participantes dos segmentos CD e CV de diversas outras formas. Evidência disso é o fato de, nos últimos sete anos, os segmentos CD e CV terem superado a inflação no acumulado em 13,4%. E, este ano, esperamos voltar a fazê-lo
Marcio Faria, Diretor de Investimento da Fundação Atlântico.